terça-feira, 1 de junho de 2010

Apenas um barulho insuportável.


Nas últimas 3 semanas, ouvi diversas vezes , uma expressão utilizada por Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.”
A expressão, per si, é de uma singeleza que pode acalentar o coração, no entanto, a partir do momento em que a expõe em algumas ocasiões, ela falha. Aliás, como qualquer tentativa de generalização. Seja conceitual, seja pela condição acadêmica ou área de conhecimento...
Exatamente, em um momento de greve, percebe-se que a maioria daqueles que se apresentam como sendo os bons e tomam uma atitude de passividade, acabamos por tratar essas pessoas com certa condescendência. E, surpresa... Pero no mucho!!! Pois quando a “porca torce o rabo” esses bons se revelam e mostram que não apresentam um silêncio de vencidos por antecipação, mas sim, daqueles que já computam as vantagens que conseguirão.
Com certeza, são mais do que Silvérios. São vozes retorcidas que absorveram muitos autores que tratam da libertação, mas que ultimamente somente os vomitam com um grau de hipocrisia que só pertence aos infames, deixando um aroma fétido no ambiente.
Certamente, pela primeira vez, o Rio Tiête e seus co-irmãos ficaram com inveja de terem sido superados.